Conheça as diferenças entre as linhas analógicas, digitais, Voip e SIP.

Olá!

Este artigo é o 2º artigo de uma série de 4 para quem deseja tornar-se um especialista em telefonia empresarial, caso ainda não tenha lido o 1º artigo clique aqui e aprenda o que é PABX!

Se já leu o 1º artigo ou deseja seguir a diante, seja bem-vindo e ótima leitura!

Linhas analógicas

Inicialmente as empresas beneficiavam-se das funcionalidades do seu PABX através das linhas analógicas. Eram elas as únicas responsáveis pela conexão do PABX à RTPC (rede de telefonia fixa comutada).

Quem estiver lendo esta matéria na data de publicação com mais de 40 anos deve lembrar como eram difíceis de serem adquiridas (compradas e ou alugadas) através da extinta Telerj. Com a privatização do sistema Telebrás em meados de 1998 estas linhas foram se popularizando aos poucos, mas eram de fato de baixíssima qualidade e alto custo de manutenção. Há um artigo no site da ANATEL bem resumido sobre os 20 anos da privatização do Sistema Telebrás.

Além da baixa qualidade de qualquer sistema analógico conhecido, suas redes eram precárias, de altíssimo custo de implantação e manutenção.

Logo, as Operadoras de Telecomunicações da época repassavam estes custos para seus assinantes tornando uma prestação de serviço deficitária e extremamente cara.

Seus cabos metálicos geram alto custo de manutenção, são suscetíveis a interferências, falhas e ruídos. Sofrem desgaste pela ação das chuvas, sol e maresia e são alvo de furtos devido alto valor de sua matéria prima (o cobre).

Linhas Digitais

Após a quebra do monopólio estatal e a migração para um regime de exploração privada de competição entre as famosas Operadoras de Telecomunicações, de certa forma contribuiu para a inovação tecnológica.

Não demorou muito tempo para surgirem os circuitos E1. Estes sim, circuitos digitais que interligavam o PABX com a RTPC (rede de telefonia fixa comutada).

Eram constituídos de 30 canais bidirecionais (com 64Kbps cada) e mais 2 canais para controle e sinalização totalizando um circuito de 2Mbps, ou simplesmente 30 canais de voz bidirecionais onde 30 colaboradores poderiam falar ao mesmo tempo.

Eram uma verdadeira revolução na qualidade das ligações. Verdade seja dita, demorou um pouco para termos preços acessíveis aos médios e pequenos negócios. Mas quando as operadoras perceberam que o custo de sua manutenção era infinitamente inferior ao custo de manutenção das linhas analógicas logo reduziram os valores das assinaturas e incentivaram o mercado como um todo para que adquirissem os PABX conhecidos na época como “digitais”.

A briga pelo mercado do Rio de Janeiro foi travada principalmente por Embratel e Oi que chegaram a ofertar suas linhas digitais E1 em conjunto com PABX digitais. Ora em comodato ora oferecendo descontos progressivos nas assinaturas das linhas E1 para que médias e pequenas empresas migrassem e abandonassem as custosas linhas analógicas.

As linhas digitais E1 quase não tiveram influência no desenvolvimento de novas funcionalidades para os PABX, mas no que se refere ao aumento da qualidade e da capacidade de ligações simultâneas foram fundamentais.

Esta foi o que considero a 1ª revolução da telefonia fixa empresarial no Brasil. A maioria esmagadora das pequenas e médias empresas migraram para a telefonia digital E1. Quem não queria aumentar e qualificar sua capacidade de atendimento?

Chamo de 2ª revolução da telefonia fixa o que está acontecendo no momento em que escrevo estas linhas, falaremos sobre esta revolução que sua empresa não poderá ficar de fora a seguir no 3º artigo da série, mas vamos aproveitar este artigo, pois nos ajudará a entendermos os subsequentes.

As linhas digitais foram comercializadas em 2 sinalizações diferentes: R2D e ISDN.

As linhas digitais na sinalização ISDN em alguns momentos chegaram a ser utilizadas como circuitos dedicados de internet na velocidade de até 2Mbps, mas como tarifavam por minuto tornava-se cara esta forma de utilização. Seu uso mais comum era para comunicação de voz e eventuais videoconferências profissionais.

Até hoje são uma boa opção na interligação entre PABX e RTPC (rede de telefonia fixa comutada). Há algum tempo o ISDN perdeu sua utilidade para videoconferência, primeiro devido à crescente oferta de internet dedicada com valores cada vez mais competitivos, depois devido a grande oferta de banda larga com ultra velocidades em fibra e por fim, surgiram diversos sistemas colaborativos onde já possuem sistemas de videoconferência profissionais que funcionam até mesmo em nosso limitado 4G.

Hoje, a videoconferência ou a videochamada fazem parte de nosso cotidiano seja através do Wifi ou do 4G através de mensageiros instantâneos como por exemplo, o WhatsApp.

Não são suscetíveis a falhas, ruídos ou interferências. Devido a isto possuem baixo custo de manutenção. O mercado percebeu e migrou para as linhas digitais e até hoje são uma boa opção para a interligação entre seu PABX e a rede das operadoras.

Voip

Mantendo nosso estilo de evitar conceitos técnicos o Voip é uma tecnologia que possibilita o tráfego da voz humana pela internet, simples assim.

No início do Voip no Brasil, você só se comunicava com outro usuário que também possuísse uma conta Voip. Com o tempo fabricantes de equipamentos começaram a investir nesta tecnologia e conforme se desenvolvia precisavam cada vez menos de internet para que as ligações tivessem qualidade.

Não demorou para que os provedores Voip adquirissem licenças da Anatel como a SCM (serviço de comunicação multimídia) e passassem a se integrar com as redes existentes das grandes operadoras – RTPC (rede de telefonia fixa comutada). Como era um serviço não geográfico e muitas vezes seus servidores estavam alocados nos EUA, por exemplo, ofertavam tarifas extremamente competitivas em relação às praticadas pela telefonia convencional.

Quem possuía uma conta Voip passou a ter um número fixo de qualquer área do Brasil e receber as ligações destinadas a ele de qualquer lugar do mundo oferecendo mobilidade aos seus usuários.

Neste cenário, uma ligação originada por um usuário Voip seja para o seu vizinho de rua ou para seu amigo morando em Nova York custava praticamente a mesma coisa.

Houve um crescimento avassalador de provedores Voip. Mas 2 fatores fizeram com que o Voip retrocedesse. O primeiro estava relacionado à Internet que até então não dispunha de banda larga de qualidade, o segundo fator era que os fabricantes de aparelhos Voip ou de placas Voip para PABX não conseguiam fazer com que aparelhos de diferentes fabricantes comunicassem entre si de forma transparente.

Muitos empresários desistiram do Voip e voltaram para as já tradicionais e seguras linhas digitais E1 (R2D ou ISDN). Parecia que o mercado estava em decadência, talvez tenha sido preciso dar um passo atrás para chegarmos na realidade atual.

Tecnologia que possibilita o tráfego da voz humana através de pacotes de dados digitais pela rede IP privada (VPN) ou pública (internet). Quando bem dimensionado possibilita qualidade em todos os tipos de chamadas em alta definição a um baixo custo.

SIP

Conhecido como SIP Trunk, Tronco SIP, ou ainda Entroncamento SIP. O terceiro nome fala por si. Uniram a segurança e confiabilidade das linhas digitais E1 com as vantagens técnicas e comerciais do Voip.

Além disso, o protocolo SIP proporcionou que equipamentos de modelos e fabricantes diferentes conversassem entre si de forma transparente.

Enquanto o SIP Trunk liga seu sistema PABX com a RTPC (rede de telefonia fixa comutada) conectando seu negócio com o mundo através de tarifas muito competitivas, o protocolo SIP permite a criação de sub sistemas PABX ou ramais remotos. Este foi o início da mobilidade em telefonia “fixa”.

Grandes empresas passaram a adotar PABX conhecidos como Híbridos ou IP como uma ferramenta de unificação de seus sistemas telefônicos independente da distância geográfica entre suas filiais e ou colaboradores remotos.

Enquanto que as médias e pequenas empresas quase não tiveram acesso a estes sistemas devido seu alto valor de investimento.

Mesmo assim, certamente foi mais um grande passo para chegarmos à telefonia em nuvem, muito mais democrática que alcança empresas grandes, médias, pequenas e até microempreendedores autônomos em seus escritórios além de todo tipo de profissionais em home office.

Substitui as tradicionais linhas digitais E1. Enquanto as linhas digitais possuem capacidade limitada a 30 ligações simultâneas por tronco, o SIP não possui limite de ligações simultâneas. Sua limitação se dá por aspecto meramente comercial das operadoras.

Clique agora neste link e seja redirecionado para o 3º artigo da série: O que é telefonia em nuvem?

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